O Blog do Arnaldo: julho 2006

FIM DE SEMANA NAS DESERTAS (ARQUIPELAGO DA MADEIRA)

Meus amigos desta vez a cor predominante vai deixar de ser o verde da Natureza, para dar lugar ao azul do Mar e devido a um fantástico e louco fim de semana nas Desertas.

Desde já agradeço alguma colaboração de quem percebe do assunto, quer os homens que todos os dias vão para o mar, quer de Biologos e Vigilantes da Natureza, quer dos amigos que me acompanharam nesta viagem.

Vamos então começar a nossa viagem que se iníciou pelas 10.30 horas do sábado

dia 22 de Julho de 2006 no porto de pesca do Caniçal (Ilha da Madeira).

Vamos então às fotos...

Antes das fotos quero anunciar que este fim de semana ficará lembrado como a viagem dos LOBOS DO MAR (obrigado Calado pela ideia)

sabado - 1º dia da viagem

o embarque de cerca de +/- 90% do grupo, porque pelas 14:00 horas teremos que voltar a este Porto para embarcar mais pessoal, que por razões profissionais não conseguiram estar aqui logo de manhã...

Chega de fotos no Porto do Caniçal e vamos começar a viagem, rumo ao mar norte da Ponta de S. Lourenço, para que os nossos ilustres mergulhadores apanhem algum peixe, que nos irá alimentar durantes estes 2 dias, mais claro o peixe fresco (ex: carapaus) que o mestre da embarcação tem guardado para nós directamente da faina da noite anterior...

Ponta de S. Lourenço...

o farol...

a intercepção entre as águas do norte da Ilha com as águas do sul, e ainda bem que hoje o mar está calmo o que é de louvar...

neste momento os nossos mergulhadores preparam-se para irem às compras num dos maiores Super-Mercados do Mundo, que é o mar... e imaginem o que vão comprar... peixe fresco... entre outros, bodiões, lapas, e.t.c....

vou neste momento dar uma prespectiva diferente do mergulho, a qual foi fotografada com uma maquina normal, mas protegida com um estojo (plastico) proprio para o efeito e o resultado foi... implesmente espectatular, como podem ver...

fim do mergulho, os nossos mergulhadores vão chegando ao barco com a pescaria

Pelas 14:00 horas voltamos ao Porto do Caniçal, para recolher-mos o resto dos Lobos do Mar, para finalmente atingir-mos o objectivo, rumo às Desertas...

Porto do Caniçal

Finalmente, partida para as Desertas...

As Ilhas Desertas

Compõe-se este grupo de três pequenas ilhas conhecidas pelos nomes de ilhéu Chão, Deserta Grande ou simplesmente Deserta e Bugio. Encontram-se na direcção nor-noroeste a su-sudeste com a Ponta de São Lourenço e a sueste da Madeira, ficando mais próximas daquela Ponta....

A Deserta Grande, assim denominada por ser a maior, mede treze quilómetros e meio de comprimento por dois quilómetros e meio de largura é composta por rochas escarpadas sobre o mar e o acesso só pode ser feito a partir de um pequeno porto a oeste. Esta ilha é a única que tem água potável, mas salobra, e de uma só e escassa nascente.

No alto da ilha, forma-se uma pequena planície, atravessada em parte por um vale que tem o nome de Pedregal, e ali se levanta uma eminência de, cerca de 480m de altitude.

... nos nossos dias a ilha é visitada por muitos turistas, mas quem lá vive são os guardas (Vigilantes da Natureza) que protegem as espécies marinhas em via de extinção, uma vez que as Desertas são "Zona protegida". Estes guardas (Vigilantes da Natureza), permanecem nas Desertas a fim de proteger a fauna e flora. (texto retirado na net e publicado por Raquel Nunes Silva - 6º Ano Turma 3 - Ano lectivo 98/99)

(retirado do site do Parque Natural da Madeira)

Reserva Natural das Ilhas Desertas

Embora a protecção destas ilhas tenha sido motivada pela urgência de tomada de medidas para a conservação do Lobo Marinho, o seu objectivo é a protecção e preservação de todo um conjunto de fauna e flora únicos e que englobam várias espécies raras e endémicas.

Como reconhecimento do valor natural e ecológico destas ilhas, em 1992 o Conselho da Europa classificou-as como Reserva Biogenética.

Localização

As Ilhas Desertas são constituídas por três ilheús (Ilhéu Chão, Deserta Grande e Bugio) situados a SE da Madeira, no prolongamento para Sul da Ponta de São Lourenço, distando desta 11 milhas marítimas e do Funchal 22 milhas.

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... durante a Segunda Guerra Mundial foram construídos 5 postos de vigia para o controlo de submarinos, que vieram a ser utilizados depois pelos caçadores de baleias, para o avistamento destes cetáceos.

Fauna e Flora

As Ilhas Desertas constituem um dos últimos redutos do Lobo-marinho, ali residindo uma colónia estimada em 23 animais que se encontra em recuperação populacional. Como tal, é considerada a espécie emblemática da Reserva.

Este espaço é também um importante centro de nidificação de aves marinhas, tais como a Cagarra, Calonectris diomedea borealis, o Roque de Castro, Oceanodroma castro, a Alma-Negra, Bulweria bulwerii, e a rara Freira do Bugio, Peterodroma feae, esta última com uma distribuição mundial que se restringe à Ilha do Bugio e Cabo Verde.

No Norte da Deserta Grande, no vale da Castanheira, reside a Tarântula das Desertas, Lycosa ingens, uma espécie endémica desta ilha...

somos fazer uma 1ª visita à casa dos Vigilantes da Natureza

de regresso ao nosso barco...

já no barco, um dos nossos Lobos fez mais uma vez uma grande reportagem no fundo do oceano...

fim do mergulho...

horas de fazer o jantar (caldeirada de peixe)... estava divinal...

por do sol nas Desertas (cerca das 21:00 horas)...

domingo - 2º e último dia da viagem às Desertas...

(ai ai ai a minha cabeça, o mundo está todo a balançar)... bem Luís quem é que te mandou abusar da caldeirada e da água com gelo, e para não haver dúvidas ainda dormiste sobre redes de pesca... lol... força para ti e para a proxima vez (Ilhas Selvagens) não tomes comprimidos para o enjoo, bebe mas é uma Beer...

hora do café na optima casa que o Parque Natural da Madeira, tem nas Desertas... (obrigado pelo café, bem precisavamos)...

bem éramos 5 mais 2 Vigilantes da Natureza e fomos ao cimo da Deserta Grande (bem a ser verdadeiro o acima exposto pela aluna Raquel Silva, fomos a cerca de 400 metros de altitude - se tiver errado agradeço que alguem me corrija)...

o nosso barco (digam lá se não se parece com o Andrea Gail, do filme a Tempestade)...

tenho a agradecer ao pessoal que foi comigo ao topo da ilha, porque se não fossem vcs, não teria feito esta caminhada, penso que devido a só ter dormido 3 horas no barco, ao escaldão que apanhei - desidratado -, e.t.c, desencadeou uma sensação de tontura, acompanhada do medo que o meu corpo caisse no abismo, e que manifestou-se durante toda aquela terrivel subida e depois descida (e eu que faço passeios pedestres),... foi horrivel, por isso o meu obrigado a todos...

uma das cinco vigias construídas na 2ª Guerra Mundial, para o controle de submarinos...

chegados do topo da ilha despedimo-nos do pessoal que se encontrava de serviço nesta Reserva Natural, ou seja os Vigilantes da Natureza, Biólogos e ilustre voluntária (o nosso obrigado a todo(a)s) e fomos buscar alguns dos nossos homens que andavam a mergulhar em observação da vida marina...